Ex-votos do Brasil – Arte e folkcomunicação, o livro

Capa (1)

Copyright

Lançado pela Quarteto Editora, em 13 de julho de 2016, o livro Ex-votos do Brasil – Arte e folkcomunicação traz a riqueza das manifestações populares, o simbolismo das práticas Ex-votivas e as marcas da religiosidade popular nos textos dos seis pesquisadores que assinam a obra. Um dos autores, José Cláudio Alves de Oliveira é, também, o organizador do livro. É dele a foto da capa (sala de milagres do Convento do Carmo, em São Cristóvão, Sergipe).

Contra-capa (3)

A foto da quarta capa é de Flávia Maciel (Ex-voto pictórico da sala de milagres da Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda, em Trancoso, na Bahia).

Orelha (3)

O conquistense José Cláudio reforça, assim, o time dos escritores de Vitória da Conquista. O seu objeto de pesquisa são os Ex-votos, desde os primeiros livros e artigos por ele lançados. Sobre o seu início, escreve a Dra. Maria Helena Matue Ochi Flexor, na segunda capa do livro (acima).

Ex-voto do latim, com Ex representando “a causa de, em virtude de. Voto, a promessa. E por força de uma promessa, de um voto; (abreviação de ex-voto suscepto – o voto realizado ) é o presente dado pelo fiel ao seu santo de devoção em consagração, renovação ou agradecimento de uma promessa atendida, de uma graça alcançada. As expressões votivas são tradicionalmente reconhecidas sob as formas de pinturas ou desenhos, figuras esculpidas em madeira, modeladas em argila ou moldadas em cera, muitas vezes representando partes do corpo que estavam adoecidas e foram curadas.

Folkcomunicação (na pesquisa da Wikipédia)  é uma disciplina científica que tem como objetivo o estudo da comunicação popular e o folclore na difusão de meios de comunicação de massa. A denominação inicial, bem como seu conteúdo, foram criados pelo professor Luiz Beltrão, em 1967.

Luiz Beltrão afirma que a folkcomunicação é a comunicação de grupos sociais rurais e urbanos, marginalizados social e culturalmente, sem acesso ou representação nos meios de comunicação estabelecidos (imprensa, rádio, televisão) e precisam comunicar aos seus pares alguma informação. Folkcomunicação é, assim, o processo de intercâmbio de informações e manifestação de opiniões, ideias e atitudes da massa, através de agentes e meios ligados direta ou indiretamente ao folclore.

As manifestações da folkcomunicação podem se dar na forma de cantadores, ex-votos, folhetos de cordel, frases de para-choque de caminhão, grafite, entre outras.

Daí a importância desse livro, resgata e mantém viva essa parte essencial da cultura . Veja o perfil dos autores.

Perfil dos autores - A


11 comentários sobre “Ex-votos do Brasil – Arte e folkcomunicação, o livro

  1. Pingback: Falando na Lata
  2. Cadu,
    eu sei que não tinha passado em branco. Nem a postagem e nem nossa história.
    Felicidades para você, e para Bomfim, escritor seu irmão.
    Abraços!!!

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  3. O grande escritor e jornalista conquistense, Bomfim, meu irmão, escreveu hoje para mim indagando se eu estava com algum problema, pois eu não havia respondido a nenhum dos posts deste seu excelente blog. Então, de pronto, respondi a ele, e aqui estendo a todos, e com mais ênfase a Fernandinho, ou Fernando, figura que hoje está na nova safra de notáveis escritores conquistenses. A ele, com lembranças e emoção, fruto das nossas histórias, memórias, correrias, vitórias – estejam elas marcadas nos estudos ou nos trabalhos, no crescimento da nossa Conquista, ou simplesmente no enriquecimento da nossa memória, enquanto cidadãos, na educação dos tempos do Colégio Batista, da UFBA…. dos babas. O Cadu, goleiro do futsal, ainda é o mesmo. Não está mais nas quadras, mas em outros cantos do esporte, em outros cantos dos estudos, mas é o mesmo, de olhar atento e firme como um bom conquistense. E aqui muito emocionado com os bons e velhos tempos que a lembrança aguça da rua do Alecrim ao Alto do Sobradinho. E tem no seu caminho, figuras como você, Fernando, Bomfim, Madurga, Jota, Damião e outros, que me ajudaram a crescer, que me deram os bons empurrões. Agradeço as palavras e, num bate pronto futebolístico, parabenizo a ti pela excelente produção que, confesso, lerei e estudarei em sala de aula com alunos da pós-graduação, estudiosas da memória, como bem você emplacou. Ah! o ex-voto que pai e Bomfim “desobrigaram” na sala de milagres da igreja do Bomfim, não mais está por lá. Caiu no processo ex-votivo da efemeridade. Duram pouco tempo na sala. Em 1985 eu já havia constatado isso. É o ritmo e processo folkcomunicacional do ex-voto no ambiente ambiente do povo. Imenso abraço.

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    1. Fernando, confira aí a ótima resposta de Cadu, referente ao seu brilhante comentário, que traz memória e presente para enriquecer esse blog.
      Ele só se equivocou ao me considerar escritor.
      Abraços
      Bomfim Brown

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  4. Curioso, no mínimo, dirigir-me ao José Cláudio dos dias atuais com o reverente tratamento de Philosophy Doctor. Vi-o, ainda menino e ainda Cadu, alternando-se com seu irmão Gamão, nas funções de goleiro e atacante, a chutar bolas para que o seu “adversário”, no papel de goleiro, tentasse defender ou, então, pondo-se na posição de goleiro, para que aquele outro tentasse os gols. Tudo isso num campo diminuto – diminutíssimo, se eu não estivesse sendo generoso nesse instante -, improvisado nos fundos do quintal de sua casa. Os gritos de comemoração, ou de desapontamento, eram testemunhados pelos demais da casa – ou por visitantes -, algumas vezes, mas com certeza, em todas vezes pela que nunca dali se afastava: Dona Almerinda, a saudosa matriarca.
    Sabê-lo agora Doutor, produzindo ou revelando conhecimento, é algo curioso, mas no bom sentido. As imagens das crianças, em nossas cabeças, são imutáveis. Temo-las eternamente frugais em nossas mentes.
    Do outro lado, se não me falha a memória, ocorre-me de ter ouvido alguma vez a história de que um ex-voto de seu irmão Bomfim houvera sido depositado na Igreja do Bonfim, em retribuição a alguma graça que a este, ou aos seus familiares, houvera sido propiciada. Sempre tive a curiosidade de ver esse ex-voto, mas poucas foram as vezes que ali fui, e quando fui, não consegui encontrá-lo. Convivi tanto, e tão longamente com Bomfim, e nunca me permiti indagar-lhe acerca do assunto. Seria um caminho bem mais curto e fácil, convenhamos. Deixe estar!
    Já de algum tempo tenho visto as postagens acerca da produção científica do Dr. José Cláudio, aqui nesse Blog, e estando afastado já há um bom tempo da cidade de Salvador, não me foi possível privar do prazer de parabenizá-lo, pessoalmente, em qualquer dos vários eventos em que esteve divulgando o seu trabalho, em conjunto com seus pares cientistas. Faço-o, agora, pelo meio virtual. Parabéns Cadu, ou Doutor José Cláudio, se o outro tratamento parecer demasiado íntimo. Felicidades nesse belo mister que é o de produzir, e semear conhecimento.
    Abraços!

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  5. Estive no ano passado no MAB, na ocasião do lançamento do livro Ex-votos das Américas (Comunicação e Memória Social) cujo organizador foi ele. Agora tem novo livro? Que bom!! Os conquistenses estão com tudo! Parabéns!!

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  6. É o Brown divulgando a arte!
    Valeu amigo Bomfa!
    Que a sua semana que se inicia seja maravilhosa no trabalho, no amor e na vida!
    Abraços

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