Brasil. E agora, José?

Enquanto o país vai vivendo na dormência política e econômica, os trabalhadores do dia a dia e que não vivem de “comer H” trabalham pela sobrevivência e – por que não? – por melhor bem-estar.

Dilma Rousseff em pronunciamento após votação da continuidade do processo de impeachment
Dilma Rousseff em pronunciamento após votação da continuidade do processo de impeachment

A política, ah, a política vai na mesma. O presidente da República é interino; a presidente, que gosta de ser chamada presidenta, afastada; o afastamento não causou nenhuma greve geral ou “povo na rua” como áulicos do poder chegaram a profetizar. As “profecias” talvez não se concretizaram por a interinidade  ser continuidade de governo, afinal a aliança PT-PMDB durou 13 anos, presidenta e vice estiveram de mãos dadas durante cinco anos e meio.

Finalmente, afastaram Eduardo Cunha da presidência da Câmara de Deputados. Infelizmente, não foi cassado, o que significa que poderá voltar em pouco tempo, como voltou Renan Calheiros, por exemplo.

Michel Temer e Rodrigo Maia
Michel Temer e Rodrigo Maia

Mas, para deixar os “revolucionários das redes sociais” com urticária, Rodrigo Maia, do DEM, foi eleito com votos de representantes de partidos da base da presidente afastada. Entender a política partidária do Brasil não é fácil!

E agora?

Agora, só recorrendo ao genial Carlos Drummond de Andrade e ao menino que mora na rua, descoberto pela revista Muito. Clique na imagem.

"Pra que as pessoas querem saber sobre mim? Vão saber da minha história, e aí?".
“Pra que as pessoas querem saber sobre mim? Vão saber da minha história, e aí?”

7 comentários sobre “Brasil. E agora, José?

  1. *Muito boa a matéria*… *Miquinho_Marinho* (*calouro) REC1979/1980 * *Um forte abraço*.

    *Att:*

    *Valdenir Moreira Marinho*

    * (Myquinho)*

    *Tec. em Georreferenciamento*

    *(77) – 8847-7507 * *(77) – 9988-6453 *

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  2. Grande tio!
    Texto brilhante.
    Sinto como se todos nós, que de fato vivemos a real situação do país (diferente dos utópicos, partidários, que acham que sua filosofia egoísta irá mudar nossa realidade), fôssemos José. E, como bem está intitulado em seu texto, aplica-se a eterna pergunta do saudoso Drummond: E AGORA JOSÉ?
    O que responderíamos, meu tio?

    Abraços!!

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  3. É duro Brown. Menino vai passar a vida se virando, adquirindo comportamentos fora do padrão, jeitinhos mais ou menos legais (das drogas, dos roubos e coisas ainda piores só se livrará por milagre) e ainda que escape da morte precoce de droga, bala ou vício… a médio prazo será imprestável. Sem profissão, escolaridade ou amparo, ficará sem chance alguma. Um drama que entra e sai governo, em todas as instâncias, e nada de concreto apareceu. Nada de palpável que não fosse apropriada pela demagogia da política, do populismo, e da busca de votos – a qualquer custo, mesmo que seja a vida e o futuro de tantos e tantos josés. Lá atrás, uma luz, no bolsa escola de Cristóvam Buarque, vitaminado por FHC no fim de seu segundo mandato, quando a economia estava pacificada e o país mais civilizado e moderno. o Mesmo FHC que se embucetou todo para ficar no poder, mas que deixou esse legado de consertar o que não tinha conserto (inflação e economia, desestatizando alguma coisa) e de abrir os cofres para esses programas sociais (vale gás, subsídios para energia e outros) e melhorar a educação. Fies, Enem, piso salarial do magistério… Tudo virou merda, acarçambado pela boçalidade, demagogia, cupidez, e gula pantagruélica dos representantes dos trabalhadores et caerterva, pois aliaram-se do pior. Escolheram os piores dos piores, gente incapaz, mas capaz der tudo. E José paga o pato. Muito triste meu irmão, mas eu não desisti. Continuo, permaneço indignado com esse tipo de coisa e gente, volto contra e desanco a turminha sempre e sempre. Meus netos haverão de viver em um lugar melhor, mas justo e solidário. Abs querido amigo.

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