Adolescência. Cidade do Frio. E numa daquelas noites frias a surpresa com o som que vinha do rádio de pilha. Uma música diferente tocava, meio que falada, meio que cantada. A empolgação minha e de outros adolescentes da época foi imediata. Em pouco tempo nos mobilizamos para criar – não oficialmente – um fã clube. Na realidade, nos reuníamos para ouvir o cantor de letras incomuns, comentar as canções e tentar – sem sucesso – cantar Ouro de Tolo e outras com o mesmo timbre e sonoridade do Raul. Poucos daquele grupo ficaram em Vitória da Conquista. Mas nunca nos esquecemos daqueles anos 70 e do quanto a música de Raul Seixas nos impulsionou intelectual, amorosa, mística e politicamente.
O tempo passou. Hoje, faz 25 anos que Raul morria com seus 44 anos de vida vivida a seu modo.
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Clique na imagem e curta a música Sapato 36
Bem lembrado Bomfa. Ele nasceu mesmo há 10 mil anos atrás. Morreu velhinho.
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É isso aí, Reis, assim como Belchior e Bob Dylan, Raul fez parte da minha vida, principalmente na juventude, é a força da música, uma das poucas coisas que ainda me emociona.
Abs
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Bela homenagem a Raul Seixas no Blog. Ele influenciou e influencia gerações, pois deixou um legado consistente, de muita qualidade. É um pouco decepcionante, refletindo um pouco sobre sua ausência nesses 25 anos, constatar que hoje nossas referências musicais não se renovam tanto quanto poderiam e deveriam, sobretudo na Bahia. Os talentos acabam engolidos pela indústria cultural e seus critérios jabalescos, ficando quase inacessíveis ao grande público, que por sua vez tem gostos musicais cada vez menos exigentes. Raul faz falta, mas, felizmente, sua obra está aí para o representar e “suprir sua ausência”. Indo mais além, penso que se ele, como muitos de sua geração e de outras gerações, tivesse se cuidado melhor, não teria perdido o Caminho e morrido tão cedo. Quando se perde o Caminho, o talento vira desperdício, a letra da música vira angústia, a rima, embora rica, fica pobre, a nota entoa o cansaço da alma, que se arrasta, como Raul se arrastou de um certo ponto de sua vida em diante, quando permitiu que a droga o regesse. Mas talento é talento, e sua obra atravessa e seguirá atravessando gerações.
Excelente seu texto e clipping sobre a Vida e Morte de Eduardo Campos.
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Um ídolo que conseguiu atingir com sua música a pessoas de todas as idades, sua obra ficara para sempre em nossa memoria (imortalizada). O velho e novo Raul Seixas.
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Pô Brown, sensacional a postagem sobre Raul.
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Boa matéria sobre o Raul Seixas. Memória da Música do Brasil e do Rock. Vou repassar para o pessoal que trabalha memória da música.
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