Nas favelas, no senado Sujeira pra todo lado Ninguém respeita a constituição
Em 1987, Renato Russo e a Legião Urbana perguntavam ou deixavam no ar. Era, talvez, a mesma expressão de exclamação que temos ante os fatos que ocorrem no Brasil. A política e o Judiciário (ou a falta de) são, inegavelmente, as áreas que mais contribuem com, digamos assim, fatos tão extraordinários que nos deixam atônitos. Claro, os governos municipais, estaduais e federal estão se esforçando a cada dia para liderar essa disputa, mas por enquanto a dianteira é mesmo das casas legislativas e do Judiciário.
Após ser preso em flagrante por agressão a ex-mulher, policial militar é solto
Em 11 de maio, uma reportagem da TV Bahia mostrou a fraqueza da lei na defesa da mulher que sofre violência. Um delegado da Polícia Civil, casualmente, viu uma mulher ser tirada de um carro e agredida brutalmente. O policial civil conseguiu deter o agressor que foi levado para a delegacia da mulher e logo liberado. Era um policial militar que agredia a esposa, por ciúmes. E a mulher não deu queixa porque ele é quem a sustenta e mais dois filhos. A delegada disse que nesse caso, mesmo com o flagrante da agressão, a camisa do policial suja de sangue da vítima como prova (além das evidências de pancada no rosto e no corpo da mulher), só teria mesmo que liberar o agressor. O policial civil ficou indignado. E quem assistiu a reportagem também. Pior: a Secretaria de Segurança Pública puniu o delegado que prendeu o PM acusado de agredir a mulher.
O dia em que Battisti foi solto, e Palocci, aplaudido de pé
Quando ainda estamos nos recuperando do episódio Pimenta Neves (réu confesso, julgado, condenado e mesmo assim só depois de onze anos é que foi preso. Passará, no máximo, 23 meses na cadeia e sairá para continuar zombando da Justiça), surge o caso Palocci, mais um estrelado por essa figura carismática entre petistas e adorado por empresários e banqueiros. Sem conseguir explicar como aumentou seu patrimônio 20 vezes em quatro anos, sem que houvesse renda salarial para isso, saiu – mais uma vez – do governo sob aplausos e até choro. Volta a ser deputado federal, a vida segue e nada será investigado sobre os seus suspeitos ganhos. E Battisti está livre.
Com Palocci ainda ocupando os debates nas esquinas, eis que a TV Globo apresenta no Bom Dia Brasil desta sexta-feira (10 de junho) uma entrevista em que até a apresentadora perdeu o rumo e pediu para repetir, como se não tivesse entendido o absurdo que ouvia. Foi a mesma reação dos telespectadores: “Será que isto está acontecendo mesmo?”
Bom dia, Brasil
Na tarde quinta-feira, a Polícia Civil de São Paulo apresentou um dos suspeitos de matar o estudante Felipe Ramos Paiva, 24 anos, em 18 de maio dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP). O crime foi amplamente divulgado, os paulistanos e pessoas de outras cidades que leram ou viram a reportagem na TV se indignaram, pediram justiça e tal. O suspeito que a polícia apresentou logo confessou a participação dele no crime.

OLÁ, BOMFA!!! TUDO BEM?
Só faltou a declaração de Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, dizendo que não negociava com criminosos, vândalos, se referindo aos BOMBEIROS HÉROIS, desta forma ele enaltece os bandidos, comparando-os aos bombeiros como se os criminosos fossem honestos, trabalhadores, uma inversão de valores, coisas de BRASIL, BRASÍLIA kkkkk.
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Mano Bomfim,
parabéns pela postagem, síntese fiel de um país bebum onde a Justiça vende a cachaça da injustiça e deixa todo mundo mais e mais bebum.
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Irmão Bomfim!
Parabéns, excelente!
Sabemos, entretanto, que os fatos, aqui descritos, serão usados como álibi pelos tranpolineiros e embusteiros de plantão.
Paz Profunda!
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